Treinar em jejum: benefícios, riscos e mitos esclarecidos

O treino em jejum tem vindo a ganhar popularidade nos últimos anos, mas ainda existem muitas dúvidas sobre esta prática. Será que realmente ajuda a emagrecer? Quais são os riscos associados? É seguro para todos? Para esclarecer estas questões, conversámos com Daniel Silva, personal trainer, que partilhou informações importantes sobre o tema.

Daniel Silva sublinha que a eficácia do treino em jejum depende de cada indivíduo. “Não é por fazer jejum que a pessoa emagrece”, afirma. Para aqueles que não têm condições de saúde específicas, como hipertensão ou diabetes, treinar em jejum pode ser uma opção viável. No entanto, é essencial estar atento ao próprio corpo. “Algumas pessoas conseguem treinar em jejum sem problemas, enquanto outras podem sentir-se mal e precisar de comer antes do exercício”, explica.

Os riscos associados ao treino em jejum incluem quebras de tensão, fraqueza e, em casos extremos, desmaios. “Se não houver ingestão de alimentos durante muito tempo, o corpo pode não ter reservas suficientes de energia para suportar o treino”, alerta o personal trainer.

Muitas pessoas associam o treino em jejum à perda de peso, mas Daniel Silva esclarece que a relação não é tão direta. “Fazer jejum pode levar a uma menor ingestão calórica, o que, por sua vez, pode resultar na utilização de reservas de gordura para energia”, explica. No entanto, ele reforça que “correlação não é causalidade”, ou seja, o emagrecimento não é garantido apenas por treinar em jejum.

Quando questionado sobre a intensidade dos treinos em jejum, Silva afirma que “quanto mais intenso for o treino, mais energia será necessária”. Portanto, é importante considerar que treinos mais longos ou exigentes podem não ser adequados para quem está em jejum.

É fundamental ouvir o corpo e reconhecer sinais de alerta durante o treino. Sintomas como fraqueza, cansaço, neblina na visão ou desmaios podem indicar que o corpo não está a reagir bem ao jejum. “Se sentir algum destes sinais, é importante parar e avaliar a situação”, aconselha.

Após o treino em jejum, a alimentação é crucial. Daniel Silva recomenda a ingestão de hidratos de carbono, que são a principal fonte de energia. “Qualquer tipo de hidrato é benéfico, especialmente os de digestão rápida”, conclui.

Em suma, treinar em jejum não é uma solução mágica para emagrecer e pode não ser adequado para todos. Contudo, se o corpo reagir bem, pode ser uma prática válida. Leia também: “Alimentação e treino: como otimizar o seu desempenho”.

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Fonte: Sapo Desporto

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