Novak Djokovic abordou recentemente a suspensão de Jannik Sinner por doping, levantando questões sobre a equidade no tratamento de jogadores. O tenista italiano testou positivo para clostebol em março de 2024 e, após um acordo com a Agência Mundial Antidoping (AMA), cumpriu uma suspensão de três meses. Este acordo foi baseado na conclusão de um painel independente que determinou que Sinner não ingeriu a substância de forma intencional, mas através de uma pomada utilizada para tratamento.
A decisão de apenas três meses de suspensão gerou críticas, com muitos a alegarem que Sinner recebeu um tratamento privilegiado. Em entrevista a Piers Morgan, Djokovic expressou a sua perplexidade em relação ao caso, questionando o timing da suspensão, que ocorreu entre torneios do Grand Slam, permitindo que Sinner não perdesse competições importantes. “É óbvio que ele é responsável. A forma como este caso se desenrolou… Houve demasiados sinais de alerta. O facto de a suspensão ocorrer entre os torneios do Grand Slam é realmente estranho”, afirmou Djokovic.
O tenista sérvio também destacou que outros atletas, tanto homens como mulheres, têm reclamado de um tratamento desigual em situações semelhantes. “Quando vemos que outros são suspensos durante anos por uma falha semelhante e ele é suspenso por três meses, não é justo”, acrescentou. Djokovic elogiou a maneira como Sinner lidou com a controvérsia, reconhecendo a sua maturidade e calma diante da pressão mediática.
Além disso, Djokovic acredita que o caso de doping irá acompanhar Sinner ao longo da sua carreira, assim como ele próprio enfrentou consequências por ter recusado a vacinação contra a Covid-19. “Algumas pessoas vão sempre querer voltar a colocar isso em cima da mesa. Conheço o Sinner desde os 14 anos. Sempre gostei dele. Quando isso aconteceu, fiquei chocado. Não é fácil para ele, tenho um verdadeiro sentimento de empatia e compaixão”, concluiu.
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Fonte: Sapo Desporto